sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Virar a página

Dois mil e seis não me soube bem. Uma semana, uma simples semana, faz com que este ano não me deixe saudades. Tenho saudades de momentos, de belas coisas. De cheiros. De sabores e de pessoas. Aqueles que me trouxeram um pouco de felicidade dia-a-dia vão continuar a trazer-ma, também dia-a-dia. Agora também já cá está Beatriz, que tanto alegra o tio. Mas nunca, no fim de um ano, desejei tanto que chegasse Janeiro. Querer fazer muita coisa, para que estes dias passem a correr, para que dois mil e seis fique lá para trás. Que venha Janeiro, a velocidade cruzeiro.

Bom ano para todos. Boas festas, onde vos saiba bem.

Terminar o ano cinematográfico em beleza

"Babel" é mais um filme de Alejandro González Iñárritu. Daqueles pesados, com muita história, muito enredo, muita trama. São quatro histórias que andam à volta de um tiro. Brad Pitt está um bocadinho mais feio, mas mesmo assim, sempre melhor do que eu. Além de tudo isto, tive a oportunidade de ver o Marrocos que conheci há cinco meses. Não podia pedir mais.

Cena de "Babel"

Foto de BM, Julho de 2006, entre Ouarzazate e Marraquexe

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

O meu top de 2006 [álbuns]

1 - Wolfmother - "Wolfmother"
- Ah, é muito parecido com Led Zeppelin...
- E?

2 - Arctic Monkeys - "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not"
Borbulhagem facial e riffs de guitarra agressivo-dançáveis. Concerto suado no Paradise Garage.

3 - Tool - "10 000 Days"
Banda mais criativa que me lembro de ouvir. Álbum dentro das expectativas, ou seja, muito altas. Concerto arrebatador no SuperBock SuperRock. Saí desiludido do Pavilhão Atlântico.

4 - Tom Waits - "Orphans"
É óptimo poder ter acesso ao espólio de Waits. As belas melodias deixam-me sempre arrepiado. E os lados escuros, as poesias, as bebedeiras, as músicas fumadas, dão sempre curiosidade de ouvir.

5 - The Strokes - "First Impressions Of Hearth"
Conseguiram sair muito bem de um álbum falhado ("Room on Fire") e, agora sim, progredir em relação ao primeiro trabalho. Rock rijo, pá!

6 - Pearl Jam - "Pearl Jam"
Nada de regressos. Os Pearl Jam deram mais um passo, com outro rock, outra mentalidade. Estão a saber envelhecer. Melhores concertos do ano no Atlântico. Os dois.

7 - Dead Combo - "Quando a Alma Não é Pequena"
Criatividade e capacidade de execução a quatro mãos. Impressionante Tó Trips e Pedro Gonçalves são a única banda portuguesa a figurar neste meu top e não é por acaso.

8 - Beatles - "Love"
Porque sim. Porque me fez sorrir apaixonadamente.

9 - Justin Timberlake - "Futursex/Lovesounds"
Foi uma surpresa. A dupla com Timbaland deu bons frutos a este rapaz. As letras é o habitual: muita fome de sexo num tipo que deve ter muito pouca, tal a quantidade de aviamentos que deve conseguir. Excelente capacidade de produção musical, com arranjos brilhantes.

10 - Mogwai - "Mr. Beast"
Doses industriais de guitarra distorcida que dão toques de raiva e explosão, alternados e compensados com belos momentos de serenidade e reflexão, com piano ou a palheta a tocar nas cordas da guitarra. Noventa e nove por cento do álbum é instrumental.

As regras assim o exigem. Um top ou é "five" ou é "ten". "Five" era desnecessário. "Ten" é o mais comum. Tenho pena, no entanto, de deixar de fora dois excelentes álbuns: Beck - "The Information" e Sonic Youth - "Rather Ripped". Este segundo leva, contudo, o prémio atribuido pelos Cérebros Retalho desde 1956 de "Melhor Rife Numa Cantiga Indi-Roque", em "Incinerate".

Retoques

Ok. Estamos em processo criativo para a casa voltar a ter alguma aparência digna de mim: má.
Gosto deste negro. Uma espécie de luto pelo que ficou para trás.
Está feito o banner. O primeiro dos "Cérebros Retalho". À base de recortes photoshopados.
Vejamos se consigo trabalhar mais um pouco disto. Agradecem-se feedbacks.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Raisparta o blogger beta

Três anos depois, 984 escritos e 62 mil visitas, este blog teve de comçar do zero. Não quis mesmo pôr-lhe um fim. A mudança para o Blogger Beta incendiou-me a casa e deitou-a abaixo. Não consegui fazer nenhum backup. Ficam só as memórias. A casa começa de novo, por baixo e, assim sendo, vai levar um restyling. A ver o que o cérebro deste ilustre que hoje se apresenta consegue criar.

Ah, e um bom Natal.

Casa estranha

Ainda não me habituei...