1 - Wolfmother - "Wolfmother"
- Ah, é muito parecido com Led Zeppelin...
- E?
2 - Arctic Monkeys - "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not"
Borbulhagem facial e riffs de guitarra agressivo-dançáveis. Concerto suado no Paradise Garage.
3 - Tool - "10 000 Days"
Banda mais criativa que me lembro de ouvir. Álbum dentro das expectativas, ou seja, muito altas. Concerto arrebatador no SuperBock SuperRock. Saí desiludido do Pavilhão Atlântico.
4 - Tom Waits - "Orphans"
É óptimo poder ter acesso ao espólio de Waits. As belas melodias deixam-me sempre arrepiado. E os lados escuros, as poesias, as bebedeiras, as músicas fumadas, dão sempre curiosidade de ouvir.
5 - The Strokes - "First Impressions Of Hearth"
Conseguiram sair muito bem de um álbum falhado ("Room on Fire") e, agora sim, progredir em relação ao primeiro trabalho. Rock rijo, pá!
6 - Pearl Jam - "Pearl Jam"
Nada de regressos. Os Pearl Jam deram mais um passo, com outro rock, outra mentalidade. Estão a saber envelhecer. Melhores concertos do ano no Atlântico. Os dois.
7 - Dead Combo - "Quando a Alma Não é Pequena"
Criatividade e capacidade de execução a quatro mãos. Impressionante Tó Trips e Pedro Gonçalves são a única banda portuguesa a figurar neste meu top e não é por acaso.
8 - Beatles - "Love"
Porque sim. Porque me fez sorrir apaixonadamente.
9 - Justin Timberlake - "Futursex/Lovesounds"
Foi uma surpresa. A dupla com Timbaland deu bons frutos a este rapaz. As letras é o habitual: muita fome de sexo num tipo que deve ter muito pouca, tal a quantidade de aviamentos que deve conseguir. Excelente capacidade de produção musical, com arranjos brilhantes.
10 - Mogwai - "Mr. Beast"
Doses industriais de guitarra distorcida que dão toques de raiva e explosão, alternados e compensados com belos momentos de serenidade e reflexão, com piano ou a palheta a tocar nas cordas da guitarra. Noventa e nove por cento do álbum é instrumental.
As regras assim o exigem. Um top ou é "five" ou é "ten". "Five" era desnecessário. "Ten" é o mais comum. Tenho pena, no entanto, de deixar de fora dois excelentes álbuns:
Beck - "The Information" e
Sonic Youth - "Rather Ripped". Este segundo leva, contudo, o prémio atribuido pelos Cérebros Retalho desde 1956 de "Melhor Rife Numa Cantiga Indi-Roque", em "Incinerate".